Vida

Postado por admin 15/02/2017 0 Comment(s)

 

VIDA

 

 

Ouvimos sempre que a vida passa rápido. Que um dia tudo se acaba e teremos nosso merecido descanso. A surpresa é que nada se acaba. Nada morre. Mesmo o corpo físico se transforma e se mistura a terra. Nossa casa nos acolhe por determinado tempo. Nossa casa corpo, nossa casa Terra, nossa casa de tijolos, nossa casa nossa família. Seria a vida apenas o curto tempo que passamos em nossas casas? Mas sabemos que há muitas moradas na casa do Pai. A vida poderia ser assim tão restrita?

 

 

Nossa linguagem ainda não tem palavras que diferenciam e tragam as sutilezas da nossa existência. A vida, antes de tudo, é existência. Existimos encarnados e desencarnados. Então o que seria a morte? Morte não é fim. Morte é mudança, é transformação. Mudamos a todo momento e lidamos com os mais diversos lutos. A morte não deveria ser temida.

 

 

Por outro lado, o sentimento de medo é natural. Temos medo de mudanças porque não sabemos o que virá! Temos medo do desconhecido. De ficar sem o que gostamos, de não saber o que fazer, de não saber como fazer. O medo ilumina o que precisamos melhorar. Em excesso desestabiliza, na dose certa, incomoda e impulsiona para ação. Se estamos acomodados – sem incômodos – permanecemos no mesmo lugar até nos tirarem de lá, por alguma força. Permaneceremos parados. Sem movimento, sem mudança. O mesmo medo, que se não cuidado, paralisa, faz o contrário, se regulado. Impulsiona à mudança ao crescimento, às mortes. Encoraja a aceitarmos as mortes pelas quais devemos passar. Quanta luz neste sentimento! Percebemos que estamos crescendo quando sabemos dominar o medo e usá-lo para impulsionar as necessárias mudanças em nossa vida.

 

 

Coragem não é a ausência do medo. É a sabedoria para lidar com ele. Para enxergar com clareza os desafios e planejar cuidadosamente o que será feito daqui em diante, qual será a próxima mudança.

 

 

Que possamos aceitar nossos medos e ter sabedoria para lidar com eles.

 

 

Laura Borelli

 

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