CULTIVANDO O ÍNTIMO
Aprendemos ser boa a plantação que produz
Porém, pouco percebemos o cultivo
É nele contido todo o segredo, a luz
Faltante para avaliarmos o feito
Buscam-se resultados rápidos
Porém, perdem-se preciosos instantes
Nos quais se refinam; e, se forem ávidos
Nada obterão como já fora antes...
Precisa-se atentar para os detalhes
Nada pode passar despercebido
Atrevam-se a observar os entalhes
Pois neles estão as marcas envolvidas
Que talharam os seres e podem elas
Mostrar mais sinais antes não vistos...
Procure onde ainda não notado
Reveja os pontos já discutidos
Concentre-se no importante e pouco analisado
Busque nova reflexão e pontos já não serão controvertidos...
No turbilhão das ideias passadas
Ficam várias perguntas sem respostas
Talvez elas já foram dadas
Porém, ainda não percebidas como exatas
São elas evidentes e reais
Tal qual a imensidão
Não se precisa ver nos tempos atuais
No entanto, sabe-se da sua exatidão
Ao defrontar que os limites são
Parcos e delimitados exclusivamente
A insuficiente e remota visão...
Procure expandir a mente
E não será tolhido da totalidade
Sabe-se pouco e com profundidade
Ainda menor; portanto busque
Além dos limites já impostos e não ofusque
A trajetória com o seu medo
Está aí contido o segredo
Do necessário ao momento:
Trilhar a vereda do conhecimento...
Ednilson C. Fernandes
Leave a Comment